segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Depressão


Todos nós temos dias em que nos sentimos tristes ou mais em baixo, mas são sentimentos que normalmente não duram muito e passam passados alguns dias. Num doente com depressão, estes sentimentos interferem com o seu dia-a-dia e causam “dor” para este e para todos à sua volta. A depressão é uma doença comum, mas muito séria.


Quais as diferentes formas de depressão?

Existem várias formas de distúrbios depressivos. As três formas de depressão mais comuns são a depressão major, a distimia e a depressão minor.

A depressão major, manifesta-se por uma combinação variável de sintomas depressivos que, pela sua intensidade, interferem com a capacidade da pessoa dormir, comer, trabalhar, estudar e divertir-se. Um episódio depressivo major pode ocorrer apenas uma vez na vida, mas mais frequentemente, vários episódios sucedem-se ao longo da vida. Uma depressão major crónica pode levar a tratamentos mantidos por vários meses, anos ou até indefinidamente.

A distimia, caracteriza-se pela presença de sintomas depressivos com menor gravidade mas que se mantêm de forma persistente (pelo menos, dois anos). Apesar de ser menos incapacitante que a depressão major, é um obstáculo importante ao bem-estar e ao funcionamento pleno da pessoa. É comum os doentes distímicos terem também episódios de depressão major em algum momento das suas vidas.

A depressão minor é caracterizada por ter sintomas depressivos durante 2 semanas ou mais, que não satisfazem todos os critérios que caracterizam uma depressão major. Sem tratamento, estes doentes têm um alto risco de vir a desenvolver uma depressão major. 

Algumas formas de depressão são um pouco diferentes, ou podem surgir apenas em circunstâncias especiais, no entanto, nem toda a gente concorda na caracterização e definição destas formas de depressão. Estas incluem:
  • A depressão psicótica, que ocorre quando uma pessoa tem uma depressão severa e alguma forma de psicose, como ter uma ruptura com a realidade (delírios) ou alucinações visuais ou auditivas.
  • A depressão pós-parto, que é muito mais séria do que a tristeza pós-parto que muitas mulheres sentem após darem à luz, quando mudanças físicas e hormonais e a nova responsabilidade de ter de cuidar de um recém-nascido podem ser esmagadoras. É estimado que entre 10 e 15% das mulheres sofrem de depressão pós-parto após darem à luz.
  • O Distúrbio Afectivo Sasonal (DAS), que é caracterizado pela existência de depressão durante os meses de Inverno, quando há menos luz natural. Esta depressão normalmente passa durante a Primavera e o Verão.
A perturbação bipolar (também chamada de doença maníaco-depressiva) é caracterizada por alterações cíclicas do humor, com períodos de mania (em oposição a depressão) alternando com períodos depressivos e períodos de normalidade. Em fase maníaca, os doentes são hiperactivos e apresentam um elevado grau de energia, com alterações de pensamento e comportamento que podem precipitar decisões pessoais, comerciais e sociais desajustadas, devido à crença exagerada e irrealista nas próprias capacidades e poderes. A fase depressiva é semelhante a um episódio de depressão major sendo o diagnóstico diferencial com essa forma de depressão muito importante, uma vez que o tratamento das duas condições é substancialmente diferente.


Quais são as causas da depressão?
 
A depressão é causada por uma combinação de factores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.
Doenças depressivas são distúrbios cerebrais. Teorias aceites sobre depressão sugerem que neurotransmissores importantes estão desequilibrados, mas tem sido algo muito difícil de provar.
Tecnologias de imagem cerebral, como a ressonância magnética, têm mostrado que o cérebro de pessoas com depressão tem um aspecto diferente do das pessoas sem depressão, particularmente as porções envolvidas no sono, apetite, pensamento, comportamento e estado de espírito, no entanto, estas imagens não revelam o porquê do aparecimento da depressão e não podem ser usadas no seu diagnóstico.

Alguns tipos de depressão têm tendência a aparecer em pessoas com antecedentes familiares desta doença, no entanto, a depressão pode também ocorrer em pessoas sem quaisquer antecedentes familiares de depressão. Estudos genéticos têm vindo a mostrar um risco para depressão resultante de uma actuação conjunta de vários genes com factores ambientais ou outros. Além disso, traumas, perda de um ente querido, uma relação amorosa difícil ou qualquer situação stressante, podem ser factores desencadeantes de episódios depressivos.


Quais são os sintomas da depressão?

Não existe um quadro padrão de sintomas para a depressão, mas sim sinais recorrentes que podem indiciar a doença. A depressão não se manifesta da mesma forma de pessoa para pessoa. Se, em alguns casos, são mais evidentes os sintomas emocionais – de tristeza, desânimo, falta de interesse – noutros doentes a depressão manifestase sobretudo de forma física – com dor, alterações no sono, falta de energia, fadiga.
Quando uma pessoa apresenta um conjunto destes sintomas e estes interferem de forma importante com a vivência quotidiana, é fundamental consultar um médico.
Clique na imagem para ver mais sintomas de Depressão.





BIBLIOGRAFIA: 
- http://www.adepressaodoi.pt;
- http://www.nimh.nih.gov/health/publications/depression/complete-index.shtml; 
- http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/saude+mental/depressao.htm;
- http://www.bial.com/pt/a_sua_saude.10/areas_terapeuticas_bial.13/sistema_nervoso_bial.37/depressao_bial.39.html

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