Todos nós
temos dias em que nos sentimos tristes ou mais em baixo, mas são sentimentos
que normalmente não duram muito e passam passados alguns dias. Num doente com
depressão, estes sentimentos interferem com o seu dia-a-dia e causam “dor” para
este e para todos à sua volta. A depressão é uma doença comum, mas muito séria.
Quais as diferentes formas de
depressão?
Existem várias formas de distúrbios depressivos. As três formas de depressão mais comuns são a
depressão major, a distimia e a depressão minor.
A depressão major, manifesta-se por uma combinação variável de sintomas
depressivos que, pela sua intensidade, interferem com a capacidade da pessoa
dormir, comer, trabalhar, estudar e divertir-se. Um episódio depressivo major
pode ocorrer apenas uma vez na vida, mas mais frequentemente, vários episódios
sucedem-se ao longo da vida. Uma depressão major crónica pode levar a tratamentos
mantidos por vários meses, anos ou até indefinidamente.
A distimia, caracteriza-se pela presença de sintomas depressivos com
menor gravidade mas que se mantêm de forma persistente (pelo menos, dois anos).
Apesar de ser menos incapacitante que a depressão major, é um obstáculo
importante ao bem-estar e ao funcionamento pleno da pessoa. É comum os doentes
distímicos terem também episódios de depressão major em algum momento das suas
vidas.
A
depressão minor é caracterizada
por ter sintomas depressivos durante 2 semanas ou mais, que não satisfazem
todos os critérios que caracterizam uma depressão major. Sem tratamento, estes
doentes têm um alto risco de vir a desenvolver uma depressão major.
Algumas formas de depressão são um pouco diferentes,
ou podem surgir apenas em circunstâncias especiais, no entanto, nem toda a
gente concorda na caracterização e definição destas formas de depressão. Estas incluem:
- A depressão psicótica, que ocorre quando uma pessoa tem uma depressão severa e alguma forma de psicose, como ter uma ruptura com a realidade (delírios) ou alucinações visuais ou auditivas.
- A depressão pós-parto, que é muito mais séria do que a tristeza pós-parto que muitas mulheres sentem após darem à luz, quando mudanças físicas e hormonais e a nova responsabilidade de ter de cuidar de um recém-nascido podem ser esmagadoras. É estimado que entre 10 e 15% das mulheres sofrem de depressão pós-parto após darem à luz.
- O Distúrbio Afectivo Sasonal (DAS), que é caracterizado pela existência de depressão durante os meses de Inverno, quando há menos luz natural. Esta depressão normalmente passa durante a Primavera e o Verão.
A perturbação bipolar (também
chamada de doença maníaco-depressiva) é caracterizada por alterações cíclicas
do humor, com períodos de mania (em oposição a depressão) alternando com
períodos depressivos e períodos de normalidade. Em fase maníaca, os doentes são
hiperactivos e apresentam um elevado grau de energia, com alterações de
pensamento e comportamento que podem precipitar decisões pessoais, comerciais e
sociais desajustadas, devido à crença exagerada e irrealista nas próprias
capacidades e poderes. A fase depressiva é semelhante a um episódio de
depressão major sendo o diagnóstico diferencial com essa forma de depressão
muito importante, uma vez que o tratamento das duas condições é
substancialmente diferente.
Quais são as causas da depressão?
A depressão é causada por uma combinação de factores
genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.
Doenças depressivas são distúrbios cerebrais. Teorias aceites sobre
depressão sugerem que neurotransmissores importantes estão desequilibrados, mas
tem sido algo muito difícil de provar.
Tecnologias de imagem cerebral, como a ressonância
magnética, têm mostrado que o cérebro de pessoas com depressão tem um aspecto
diferente do das pessoas sem depressão, particularmente as porções envolvidas
no sono, apetite, pensamento, comportamento e estado de espírito, no entanto,
estas imagens não revelam o porquê do aparecimento da depressão e não podem
ser usadas no seu diagnóstico.
Alguns tipos de depressão têm tendência a aparecer em
pessoas com antecedentes familiares desta doença, no entanto, a depressão pode
também ocorrer em pessoas sem quaisquer antecedentes familiares de depressão. Estudos
genéticos têm vindo a mostrar um risco para depressão resultante de uma
actuação conjunta de vários genes com factores ambientais ou outros. Além
disso, traumas, perda de um ente querido, uma relação amorosa difícil ou
qualquer situação stressante, podem ser factores desencadeantes de episódios
depressivos.
Quais são os sintomas da depressão?
Não existe um quadro padrão de sintomas para a
depressão, mas sim sinais recorrentes que podem indiciar a doença. A depressão
não se manifesta da mesma forma de pessoa para pessoa. Se, em alguns casos, são
mais evidentes os sintomas emocionais – de tristeza, desânimo, falta de
interesse – noutros doentes a depressão manifesta‐se sobretudo de forma física – com dor,
alterações no sono, falta de energia, fadiga.
Quando uma pessoa apresenta um conjunto destes
sintomas e estes interferem de forma importante com a vivência quotidiana, é
fundamental consultar um médico.
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BIBLIOGRAFIA:
- http://www.adepressaodoi.pt;
- http://www.nimh.nih.gov/health/publications/depression/complete-index.shtml;
- http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/saude+mental/depressao.htm;
- http://www.bial.com/pt/a_sua_saude.10/areas_terapeuticas_bial.13/sistema_nervoso_bial.37/depressao_bial.39.html
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