segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Sistema Digestivo - Overview

A expressão “Comemos para viver” é talvez a forma mais simplificada de descrever um dos sistemas orgânicos de maior complexidade e importância do corpo humano. Sem a energia proveniente dos alimentos não nos é possível realizar as mais variadas actividades do quotidiano. Assim sendo, é necessária a existência de um sistema capaz de transformar os alimentos ingeridos nas suas formas mais simples passíveis de serem absorvidas e convertidas em energia.
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Estrutura do Tracto Gastrointestinal

O tracto GI apresenta uma extensão razoável com cerca de 15 metros num adulto. É composto por vários órgãos que vão desde a boca até ao ânus, passando pelo esófago, faringe, estômago, intestino delgado e intestino grosso, recto e o ânus.

Para além destes órgãos estão associados a este sistema as glândulas digestivas, onde se incluem as glândulas salivares, fígado, pâncreas e vesícula biliar. Apesar de não fazerem directamente parte do tracto GI dão o seu importante contributo no desenrolar da digestão química dos alimentos, com a secreção de inúmeras enzimas.

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Anatomicamente cada órgão deste sistema desempenha funções distintas das quais são importantes de referir algumas delas:

  • É a nível da boca que se forma o bolo alimentar, o produto resultante da mastigação e mistura com a amilase, 1ª enzima digestiva libertada pelas glândulas salivares, responsável pela digestão dos polissacáridos.

  • Através de movimentos peristálticos, o bolo alimentar é transportado desde o esófago até ao estômago, onde pela acção de HCl e outras enzimas, como a lipase e pepsina, é transformado em quilo.

  • Após as modificações dos alimentos a nível estomacal, os nutrientes passam através do piloro (última porção do estômago), para o intestino delgado, local de excelência para ocorrência dos processos de absorção do quilo.

  • Este fenómeno só é possível graças à presença de uma grande área específica de absorção proporcionada pelas vilosidades e microvilosidades intestinais em “forma de dedo”.

  • As enzimas libertadas pelo fígado, pâncreas e vesícula biliar são libertadas a nível do duodeno (1ªporção do intestino delgado), através de canais específicos que encaminham as enzimas para os locais de acção.

  • Finalmente no intestino grosso, constituído por 3 porções: cego, cólon, ilíaco, ocorre uma reabsorção de água e sais minerais, que se encontram dissolvidos, de forma a formar uma massa mais ou menos consistente, vulgarmente conhecida por fezes que irão ser posteriormente excretadas.

  • Quais são as principais funções associadas ao Sistema Digestivo?

    As principais acções que se desenlaçam no tracto GI incluem a:

    • Digestão – transformação dos alimentos (proteínas e polissacáridos) tanto por processos físicos (ex: mastigação) como químicos (ex: enzimas digestivas), com a finalidade de facilitar a absorção dos nutrientes.

    • Absorção – resulta da passagem dos produtos resultantes da digestão principalmente do lúmen intestinal para a circulação sistémica.

    • Motilidade – responsável pela mistura e passagem dos alimentos ao longo de todo o tracto GI, graças a contracções coordenadas do músculo liso.

    • Secreção – várias enzimas são libertadas para o lúmen do tracto GI, com o intuito de facilitar a transformação dos alimentos.

    • Defecação – expulsão das fezes, compostas maioritariamente por bactérias e por material não digerido e não absorvido.

    Constituição da parede GI

    Em toda a sua extensão o tracto GI apresenta uma estrutura similiar. Composta por 4 camadas distintas, da mais interna para a mais externa, encontramos a mucosa, submucosa, muscularis externa e a serosa.

    • Mucosa – secreção de muco.

    • Submucosa – rede de células nervosas, os plexos submucosos.


    • Muscularis externa – contracção muscular constituído pelo músculo circular (movimentos circulares em extensão) e o músculo longitudinal (contracções que reduzem o tamanho do tubo). Apresenta o plexo mientérico no meio destas duas camadas musculares.
    • Serosa – tecido conjuntivo que estabelece a ligação entre a serosa e a parede abdominal.

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    Patologias mais frequentes

    Quando existem alterações a nível estrutural ou mesmo funcional ao longo do tracto GI estaremos perante a patologia que se reflete numa deficiência ou disfuncionalidade do órgão que se não for tratada no devido tempo pode causar danos irreversíveis ao sistema digestivo. Destas inúmeras patologias podemos dar destaque à úlcera péptica a nível do estômago ou então a doença de Crohn no cólon.
    Estas e outras patologias serão abordadas em futuras referências ao sistema gastrointestinal.


    Bibliografia consultada

    - VANDER, A. J., SHERMAN, J. H., LUCIANO, S. D., Humam Physiology, The Mechanisms of Body Function, McGraw-Hill, 1994, 6ªedição, 561-565.

    - MCPHEE, S. J., GANONG, W. F., Fisiopatologia da Doença, Uma Introdução à Medicina Clínica, McGraw-Hill, 1998, 5ªedição, 289-293.

    - Imagens:


    [1] http://www.nutritionpedia.com/calories/learn_about_calories

    [2] http://en.wikipedia.org/wiki/Human_gastrointestinal_tract

    [3] http://www.virtualmedicalcentre.com/anatomy.asp?sid=7&title=Gastrointestinal-System

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