Todos eles envolvem mecanismos de acção que pretendem atingir um mesmo fim:
- Redução da acidez gástrica
Quais são as classes de fármacos mais importantes?
Dentro desta classe de fármacos, aqueles que ganham maior destaque são:
1) Antagonistas dos receptores de histamina (H2)
2) Inibidores das bombas de protões (PPI)
3) Anticolinérgicos1) Antagonistas dos receptores de histamina (H2)
Os fármacos desta classe actuam por bloqueio competitivo dos receptores H2 expressos nas células gástricas parietais, impedindo a secreção de ácido. Ocorre uma redução da produção de um 2ºmensageiro, o AMPc, sem o qual as bombas de H+,K+-ATPases não são capazes de libertar o ácido para o lúmen gástrico.
Apesar deste bloqueio, não é correcto afirmar que a produção de ácido esteja completamente suprimida, pelo facto de haver a nível gástrico outros receptores susceptíveis de serem estimulados por exemplo pela gastrina ou acetilcolina.
É uma terapêutica que oferece uma elevada segurança na sua utilização pelo facto de não causar acloridria total e as reacções adversas encontradas não são muito graves, como tonturas, fadiga e rash.
2) Inibidores das bombas de protões (PPI)
O seu mecanismo de acção envolve a inibição irreversível da enzima H+/K+-ATPase a nível gástrico, o que a longo prazo pode ser prejudicial para o doente. Os diferentes PPI distinguem-se pelos diferentes locais de ligação na bomba de protões para os quais têm maior/menor afinidade, resultando evidentemente numa alteração na potência farmacológica de cada fármaco.
PPI tem a capacidade de se acumular nas células parietais, o que significa que o efeito inibitório é proporcional à dose administrada. Com esta terapêutica corre-se o risco de atingir um estado de acloridria em cerca de 90% com uma medicação cumulativa de 3-4 dias.
http://www.209.225.27.201/en_US/hcp/tools2.jsp
Face aos benefícios do tratamento, os efeitos adversos são em tudo semelhantes aos existentes para os antagonistas H2, acrescentando entre outros efeitos a diarreia, cefaleias, náuseas e dores abdominais.Um dos fármacos mais conhecidos e prescritos é o omeprazol.
3) Anticolinérgicos
Retrata uma abordagem menos popular, por apresentar resultados menos eficazes em que o controlo da secreção gástrica se baseia na modulação da inervação colinérgica.
Outras abordagens podem ser tidas em conta como é o caso de fármacos pró-cinéticos, ou seja, que aumentem a motilidade dos músculos do tracto GI (ex: metaclopramida) podendo assim intervir no alívio dos sintomas presentes no DRGE.
Qual é então a terapêutica mais comum?
Hoje em dia, a terapêutica que ganha maior destaque é sem margem de dúvidas os PPIs, pois permite uma:
- Maior rapidez no alívio dos sintomas (ex: pirose)
- Cicatrização das úlceras mais acentuada em doentes em estadios mais avançados
http://www.rebuildcreditscores.com
Bibliografia
ARMSTRONG, D., Gastroesophageal reflux disease, Elsevier, 5:589–595, 2005, Canada
GOODMAN AND GILMAN, As bases da farmacologia da terapêutica, McGrawHill, 10ªedição, pág.753-767, 2005, USA
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